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Universitários americanos: ávidos por ajuda psicológica
15.agosto.2000

Por Tania Menai, Nova York

Em 1999, uma pesquisa conduzida pela Universidade da Califórnia, de Los Angeles, analisou calouros de 683 universidades em seus primeiros dias de aula. Trinta por cento deles se disse sobrecarregado - o dobro do resultado da mesma pesquisa feita em 1985. Qual a saída para tantos trabalhos e provas? A porta do atendimento psicológico ou de aconselhamento da faculdade.

Na Universidade Cornell, o número de atendimento destes dois tipo de serviço cresceu 29% nos últimos quatro anos. Já na Universidade John Hopkins, 40% dos alunos visitam os departamentos com frequência. À medida em que a fila aumenta, a busca por ajuda deixa de ser vergonha. Para suprir a esta demanda, mais profissionais da área de psicologia estão sendo procurados ou fazendo hora extra.

Segundo especialistas, nunca se viu uma geração de jovens tão estressados. Dr. David Fassler, autor de "Help Me, I'm Sad" (Ajude-me, estou triste) e presidente da Associação Psiquiátrica Americana do Conselho de Crianças, Adolescentes e suas Famílias, ressalta em entrevista ao New York Times que muitos não têm pilares estáveis em suas vidas. É nisso que resulta o hábito dos americanos de saírem de casa muito cedo e morar longe de suas famílias. Eles se sentem completamente desconectados.

Na ponta do iceberg, alguns alunos já chegam no campus universitário com problemas psicológicos. A ponto da Universidade de Harvard, em Boston, soltar um boletim no ano passado pedindo a contratação de mais psicólogos, orientação de professores e instrutores sobre distúrbios psicológicos e dois quartos reservados para alunos que estejam passando por crises emocionais.

Não que a carga de trabalho exigida por uma faculdade deixe alguém, literalmente, louco. Mas certos alunos já carregam predisposição para problemas e a montanha de cobranças e competições pode ser o gatilho para ativar distúrbios, ansiedades ou depressões. Por isso, maior parte das universidades dos EUA já possuem centros de ajuda. Mas a sugestão dos especialistas é simples: que os jovens façam amigos, esportes e tenham tempo para reflexão. Algum mistério para criaturas na flor da idade?


[ copyright © 2004 by Tania Menai ]

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