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Um quarto dos ingleses mente no currículo
20.julho.2001

Tania Menai, de Nova York


Uma em cada quarto pessoas mente no currículo. É o que revela um estudo realizado pela seguradora inglesa Control Risks Groups, que monitorou mais de 10 mil programas de seleção no último anos na Inglaterra. Os programas detectaram falsificação em todos os níveis de emprego nas áreas financeira e tecnológica. Cerca de 34% dos candidatos inventaram uma mentirinha no histórico de suas carreiras, 32% mentiram descaradamente sobre seu passado acadêmico, 19% tentaram esconder falências e problemas de histórico de crédito e 11% omitiu detalhes de identidade.

Estar no topo da pirâmide empresarial não garante a santidade de ninguém: segundo o jornal inglês Financial Times, 20% dos candidatos buscavam posições sênior e 40% candidatavam-se para nível de gerência. Os homem mentem mais: 60% deles usaram a criatividade, enquanto 40% das mulheres fizeram o mesmo. A razão para a síndrome de Pinóquio, segundo os pesquisadores, é o fato de o mercado estar apertado e a concorrência maior. Além disso, um verniz no currículo pode aumentar o orgulho individual ou auto-confiança.

No campo "salário e bônus", a ala masculina mente duas vezes mais do que a feminina - esta é uma área fértil para invenções. O setor de informação tecnológica é o campeão da mentira, principalmente entre os candidatos que moraram no exterior (50% das seleções envolveram pesquisa internacional). Eles acreditam que suas mentiras passaram despercebidas. Os jovens ainda exageram no nível de responsabilidade acumulada no emprego anterior. Especialistas alertam que profissionais de recursos humanos não devem jamais dar-se por satisfeitos apenas com o que está escrito no currículo. Este é só o começo do processo de seleção, um trabalho que envolve dedicação e habilidade. A segunda etapa, pelo visto, seria medir o tamanho do nariz.


[ copyright © 2004 by Tania Menai ]

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