Todas as reportagens

Outras reportagens de: Aprendiz

- Índia brasileira recebe Prêmio Reebok
- "Maya y Miguel", novo desenho nos EUA
- Israel reabilita jovens colombianos
- Campanha divulga pílula do aborto nos EUA
- Creches deixam crianças mais agressivas
- Línguas estrangeiras? No, thanks.
- Cursos vocacionais: o que vale é a auto-estima
- Crianças inventam brinquedos para empresas
- Umberto Eco cria site sobre diversidade cultural
- Programa do governo diminui a divisão digital nos EUA
- Mais livros infantis para mães adolescentes
- Boletim avalia pais de alunos
- Universidade de Georgetown cria programa sobre o Brasil
- Bolonha dedica o ano 2000 à Comunicação
- Universidades públicas americanas podem adotar o sistema "charter
- Crianças dos EUA e Israel avaliam conflitos do Oriente Médio
- MBAs têm aula de ética...dentro da cadeia
- Universidades americanas:novas táticas contra alcoolismo
- Violência na mídia continua em pauta no Senado americano
- Educação é prioridade dos candidatos à presidência dos EUA
- Nova geração de americanos quer ser dona do próprio nariz
- MBAs americanos se dedicam à responsabilidade social
- Executivos de Internet conectam escolas públicas de NY
- Educação de qualidade chega às comunidades carentes dos EUA
- África perde professores para a AIDS

Home-schooling ganha força nos EUA
20.agosto.2001

Tania Menai, de Nova York

A garotada americana retornará às aulas em setembro. Mas isso não significa que todas elas irão à escola. Muitas serão educadas em casa, pelos pais. Este é o assunto de capa da Time desta semana. Segundo a revista, o "home-schooling" já não é mais coisa para eremitas. O sistema está cada vez mais disseminado pelos Estados Unidos, registrando um aumento bastante significativo na última década.

Segundo um boletim divulgado pelo governo americano, em 1999, pelo menos 850 mil estudantes foram ensinados em casa; no entanto, especialistas acreditam que esse número seja o dobro. Estes alunos ainda correspondem a um total de 4% de todos os alunos americanos, mas ele supera a quantidade de crianças matriculadas em escolas públicas em dez estados juntos, incluindo o Havaí, o Alaska, Vermont e Montana.

À medida em que os pais arrancam seus filhos das carteiras escolares - e com isso, a educação pública perde dinheiro (numa cidade do Arizona onde 1,4% das crianças estão em casa, a perda de fundo-por-aluno foi de 35 milhões de dólares por ano) - vem à tona uma preocupação nacional: cadê a confiança na educação pública? Outra questão: tudo bem, estas crianças podem até se tornar exímios alunos, mas como fica o lado "cidadania" e "comunidade"? Afinal, escola também foi feita para aprender a partilhar e, como dizem os americanos, estimular a democracia.

O problema é bem mais burocrático do que se pode imaginar, visto que o sistema educacional público dos EUA é lento e jurássico. Mas um outro ponto a ser levado em consideração é o tempo em que os pais passam ensinando aos filhos - e a elasticidade da paciência de cada um. Pense que muitos dos pais acabam aprendendo as matérias pela primeira vez antes de ensiná-las. A Time levanta também que muitos destes pais pertencem à classe média e com a desacelerada da economia, muitos deles terão de voltar a trabalhar. E como as escolas particulares são estratosfericamente caras, as escolas públicas serão, talvez, a única saída.


[ copyright © 2004 by Tania Menai ]

---

voltar