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Quando a arte questiona o desperdício
20.julho.2009

Até 7 de setembro, o artista chinês Song Dong expõe os absurdos do consumo e do descarte no MoMa - Museu de Arte Moderna de Nova York, com objetos de sua própria mãe

Tania Menai, de Nova York
Planeta Sustentável – 20/07/2009

Ao caminhar pelo grande vão do segundo andar do MoMa - Museu de Arte Moderna de Nova York, os visitantes se deparam com... lixo! Ou melhor, objetos não-prerecíveis, que já tiveram seu uso e – como todos os outros – poderiam acabar em algum depósito de objetos esquecidos. Mas, desta vez, eles fazem parte do projeto “Waste Not” (Não disperdice), feito pelo artista chinês Song Dong, de 43 anos. O artista é famoso por trabalhar com videos, esculturas, fotografia e instalações que instigam os valores sociais. Esta exposição, que ocupa a área de maior prestígio do MoMa, faz parte de um projeto de artistas emergentes, que o museu promove.

Ele criou a mostra usando a tranqueira acumulada na casa da própria mãe durante um período de 50 anos. São baldes, bacias, sapatos, caixas de remédio, vidros, caixas, gaiolas, canetas, animais de pelúcia, bolsas, botões, tampinhas, camisetas. Tudo, tudo que não estraga com o tempo; e que nos faz questionar: se um ser humano usa tudo isso, imagina a humanidade toda. Será que precisamos mesmo de todas estas bugigangas? O mais incrível é que a mãe de Dong, morreu no começo de 2009, aos 71 anos.


[ copyright © 2004 by Tania Menai ]

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