Por Tania Menai, Nova York

A maioria dos estudantes de MBA de hoje não vêem a hora de criarem suas empresas pontocom e empanturrar os bolsos. Mas existem outros que pensam em usar seus talentos para causas mais nobres, como a responsabilidade social. Estes inscreveram seus business plans no concurso da Haas School of Business, no belíssimo campus da Universidade da Califórnia, em Berkeley.

Este ano, 66 equipes de universidades dos Estados Unidos entraram na competição, mostrando uma nova tendência entre os empreendedores e provando que os movimentos de ativistas sociais da Berkeley dos anos 60, ainda fazem eco. Os vencedores, além de ganhar 10 mil dólares, são expostos a 150 investidores que procuram empresas socialmente responsáveis para injetar seus dólares. Para eles, fazer a diferença é tão importante quanto fazer lucro.

Em primeiro lugar, ficou a easyDiabets, um sistema de administração via Internet ligados a assuntos relacionados à doença. O projeto foi criado por alunos da Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Ainda foi premiado o Ripple Effects, de estudantes da Universidade de Washington. Eles criaram jogos multimídia para jovens com problemas sociais.

Outro destaque foi o projetos de estudantes da Universidade Cornell, que criaram uma cooperativa para substituir plantação de tabaco por vinícolas na Virgínia. Segundo os alunos, os fazendeiros estão vibrantes com a idéia.

O fundador de um dos fundos de investimento para causas sociais diz que essa nova onda de empreendedores se diferencia dos "velhos ricos", que apenas doam o dinheiro para terceiros. A moçada jovem além de investir, se envolve e coloca a mão na massa para resolver os problemas.

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