Universidades americanas:novas táticas contra alcoolismo
03.outubro.2000
Por Tania Menai, Nova York
As faculdades dos Estados Unidos têm gasto milhões de dólares nos últimos anos em campanhas amedrontadoras para reduzir o alcoolismo entre estudantes. Contudo, pôsteres mostrando jovens vomitando ou carros estraçalhados em acidentes causados por motoristas embriagados têm mostrado que a tática do terror não funciona. Os índices de bebedeira continuam os mesmos.
Os resultados positivos só começaram a aparecer quando as faculdades começaram a transmitir mensagens simples como "não bebam muito". E em vez de reforçar a imagem do universitário americano não passa de um pinguço, as novas campanhas tentam mostrar que, sim o pessoal bebe, mas a coisa é moderada. Ou seja, não são alcoólatras anônimos e sim, conhecidos.
O Departamento de Educação dos EUA está financiando mais um estudo sobre os efeitos desta nova estratégia. Além disso, um grupo de orientação composto por 21 associações de ensino superior distribuiu uma declaração para a mídia requisitando que a expressão "bebedeira" seja banida dos meios de comunicação ao se tratar de estudantes. O termo não é apropriado e ainda antiprodutivo.
Mas, segundo o New York Times, as novas campanhas abriram um debate sobre a diferença entre experimento de bebidas e falta de limites. Henry Wechsler, um pesquisador de Harvard já levantou o problema em 1993, quando divulgou que 44% dos estudantes já haviam caído no alcoolismo. E no mês passado, ele indicou que em 1999 a percentagem não tinha baixado. Nem uma gota.
[ copyright © 2004 by Tania Menai ]
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