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Cursos vocacionais: o que vale é a auto-estima
03.abril.2001

Por Tania Menai, de Nova York

Há uma luz reluzente no fim do túnel para aqueles alunos que, mesmo depois de inúmeras e fracassadas tentativas por parte da escola e dos pais, não se entendem com matemática, história ou ciências. Não, a solução não é contratar carrancudos professores particulares, plantar bananeira, se virar do avesso, enfurná-los em aulas de recuperação durante as férias ou colocá-los de castigo. A idéia é perguntar: "Afinal, do que estas crianças gostam?"

Foi assim que nasceram os cursos vocacionais, como os da Chantilly Academy, em Virginia, nos Estados Unidos. Esta escola oferece, por exemplo, cursos técnicos de computador, com programas desenvolvidos pelas empresas Cisco Systems, Microsoft e Nortel, destinados à adolescentes que preferem sopa de quiabo à aula de inglês, mas que amam computação. Com total motivação, essas crianças deixam de enfrentar fracassos na sala de aula de escolas tradicionais e passam a ser reconhecidos pelas suas habilidades - conquistando pela primeira vez na vida um A no boletim. E mais: estes jovens são conetcados automaticamente ao mercado de trabalho.

A Chantilly Academy oferece 18 cursos, incluindo culinária (os jovens preparam a comida da escola), ciência animal, administração hoteleira e serviços odontológicos. O diretor da escola, John Whittman, diz que 25% das crianças precisam de atenção especial, 15% estão lá para levantar a estima e o resto simplesmente não agüenta as escolas tradicionais.

Há alguns anos, este tipo de ensino era visto como a saída para alunos mal adaptados ao sistema educacional. Hoje, porém, a visão é outra. Fazendo o que gostam, os jovens se envolvem mais, passam a se interessar por uma carreira e ainda deixam de engordar o índice de abandono de sala de aula no país. Este assunto foi levantado esta semana pela revista Time , que preparou reportagens especiais sobre Educação.


[ copyright © 2004 by Tania Menai ]

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