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Roupa de Baixo
15.abril.2007


No quesito "calcinha", o Brasil é mesmo imbatível. Tem para todos os gostos: calçolão, fio dental e o adorado meio-termo, tão confortável e sensual.

Tania Menai, de Nova York


Alguns brasileiros quando se mudam para o exterior adquirem curiosas crises de abstinência. Conheço vários em Nova York que, mesmo sem nunca ter comido um bom-bom na época em que residiam em terra brasilis, dizem-se “não viver sem” Sonho-de-Valsa. Há também a turma cuja felicidade é atrelada ao bobó de camarão, pão-de-queijo com catupiry e farofa de banana. Vida sem Havaianas, então, nem pensar. Mas há apenas um caso totalmente compreensível: o das calcinhas brasileiras.

Isso mesmo, o produto nacional, verde, amarelo, azul, branco... rosa, roxo e vermelho. Lembra daquele comercial que dizia que os nossos japonêses são melhores que os dos outros? Pois as nossas calcinhas também. Elas nos vestem com perfeição, acompanham as nossas curvas, são sensuais. Os americanos já foram à Lua e ao Iraque, mas quando o assunto é underweare, eles nunca chegaram lá.

Experiemente: ou as calcinhas são maiores que cuecas (ideal para quem planeja por fim no namoro) ou são fios dentais e pronto. O sofrimento das brasileiras daqui é coletivo. Afinal, cadê o meio termo? “Oras, este é um país de extremos – e as calcinhas acompanham esta tendência”, explica a carioca Karina Kovalick, que vive em Manhattan. “Este é o gosto de um povo que come ovos com gema mole e bacon de manhã”, elabora ela, que também sofre ao procurar sutiãs para seus pectus fartos. Aqui, quase todos os sutiãs vêm com enchimentos. E como ficam as mulheres que não precisam de nada extra na parte norte do corpo? “Sinto-me a Dolly Parton, cantora de música country, cujos seios são a única coisa que se vê”, confessa.

Dito isto, nós, mulheres brasileiras que vivem aqui, jamais entenderemos a mania de algumas Kátias-Flávias do Brasil de encomendar calcinhas e cremes da Victoria Secret´s quando alguém vem para os Estados Unidos. Bem, calcinha é coisa que se encomende? E aqueles cremes...como disse a Karina, tem gosto para tudo.

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[ copyright © 2004 by Tania Menai ]

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