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Chega de Sexo!
07.julho.2008

As personagens do Sex and the City são engraçadas e servem de cabide para os grandes estilistas. Mas elas representam o que a cidade tem de pior: as patricinhas.

Tania Menai

No último mês passamos por uma enxurrada de Sex and the City. Mas tudo que é demais não é bom. Até mesmo a revista semanal Time Out, a bíblia da programação na cidade, trouxe na capa as quatro moças com um durex na boca e o título: “Sem sexo – nós as amamos, mas já deu! Eis um guia de lugares para não toparmos com a Carrie.” Verdade seja dita: as personagens são engraçadas e algumas sacadas são hilárias. Mas as moças representam o que Nova York tem de pior: as patricinhas. Sim, elas existem, apesar de não serem a maioria. Mas num safari antropológico pela Avenida Madison ou pelo Meatpacking District, você poderá avistar várias. É um mundo à parte, que tem nome definido: “the ladies who lunch”. Sim, as mulheres que tem tempo de almoçar por longas horas com as amigas.

No entanto, quem se aventura em morar em Nova York, em sua maioria, vem em busca da diversidade de pensamentos, profissões, culturas. Você esbarra com jovens líderes de ONGs, músicos da Julliard School, médicos renomados, roteiristas de documentários e gente das Nações Unidas que já viveram nos confins do Congo. Nesta lista incluem-se mulheres, muitas mulheres. São pessoas instigantes, cultas, descoladas. Então, depois de conviver com todo esse povo, será que algum nova-iorquino da gema teria paciência de trocar um dedo de prosa com mulherzinhas que reclamam do salto alto? Acho que a resposta em coro por aqui seria: “no way.”

Claro que Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda nos divertem, apesar da repetitividade – e claro que todo mundo tem um lado mulherzinha (eu, por exemplo, já não sei mais viver sem a loja de design do MoMA). Mas é uma pena ver que elas são idolatradas. E idolatrar é algo perigoso. Principalmente se tratando do mundo vazio da imagem e do consumo que elas representam. Afinal, o que fazem elas de tão extraordinário além de reclamar de homens, consumir cifras exorbitantes e transar com a cidade toda? Comparadas ao restos das mulheres de Nova York...nada.

Lugares onde elas não fazem compras, mas você faz:
www.oldnavy.com
www.urbn.com
www.momastore.org


[ copyright © 2004 by Tania Menai ]

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