A Casa Branca, em Washington
01.maio.2004
Tania Menai
Endereço mais famoso dos Estados Unidos, a Casa Branca é residência presindencial desde 1800. Este é o prédio público mais antigo de Washington DC. Seu design foi escolhido por meio de uma competição entre arquitetos em 1972. O projeto neoclássico é assinado pelo imigrante irlandês James Hoban, que se inspirou nas mansões gregorianas de Dublin. Hoban foi premiado com 500 dólares. A casa não ficou pronta a tempo de abrigar George Washignton, que deixou o governo em 1797. O primeiro residente foi John Adams, cuja família pendurava as roupas para secar no East Room já que a construção permanecia inacaba. A Casa Branca ganhou forma ao longo dos anos. O primeiro banheiro interno foi instalado em 1833, luz a gás em 1848, aquecimento central e lavanderia à vapor em 1853, telefone em 1877 e luz elétrica em 1891. Hoje a casa tem 32 banheiros, 413 portas, sete escadarias e uma equipe de 100 funcionários. Theodor Roosevelt (1901-1909) foi o presidente que deu atenção especial à residência, instalando elevadores e construindo a West Wing (Ala Oeste), que inclui o Oval Office, escritório presindencial particular que ganhou fama mundial graças ao episódio Clinton-Lewinsky. O Presidente Lula já se reuniu com Bush nesta sala. A East Wing (Ala Leste) foi agregada em 1940. Visitantes têm acesso apenas ao andar principal e o andar abaixo. O segundo e tereceiro andares, que incluem a residência, as peças de arte mais valiosas e escritórios pariculares, como a Oval Office, são fechados ao público. Além dissso, a segurança é apertada, especialmente depois dos atentados de 11 de setembro.
Biblioteca
Visitantes entram pela East Wing e passeiam pela biblioteca decorada com madeiras de casas e demolições do século 19. Circundados por 2700 livros de autores americanos, aqui reúnem-se políticos se reúnem para chás e reuniões de trabalho. A biblioteca acabou de ser decorada apenas em 1962, e foi renovada em 1976. Decorada em estilo federal (1800-20), sua decoração é menos formal do que as demais dependências do andar.
Salão Vermeil
Também chamado de Gold Room, esta já foi uma sala de sinuca. Hoje, abriga uma extensa coleção de prataria - a maoria da Inglaterra do século 18 - trazida em 1956 por Margareth Thompson Biddle. Suas paredes amarelas são revestidas com portraits das mais recentes primeiras-damas.O tapete da sala é turco, datado de 1860. Os tours não costumam ir além desta sala neste andar. Contudo, os visitantes mais importantes seguem daqui para o China Room.
Sala Chinesa
Quase todos os presidentes estão representados nesta sala, seja por ornamentos de porcelana, vidraçaria – sempre em ordem cronológica, começando ao lado direitio da lareira. Aqui estão relíquias da porcelana chinesa e vidros desde a época do presidente Wilson. Inclusive, conjuntos de louças com bordas vermelhas adquiridas por Nancy Reagan por $952 cada. Foi aqui também que Michael Douglas beijou Annete Bening no filme O Presidente Americano.
Sala de Recepções Diplomáticas
Sala oval decorada com papel-de-parede panorâmico de paisagens americanas, onde os novos embaixadores se apresentam ao presidente. Foi nesta sala que, em 1933, Franklin D. Roosevelt (FDR), gravou o primeiro boletim da série Fireside Chats, que ele promoveu entre 1933 e 1944.
Sala de Mapas
Aqui ficava Franklin Delano Roosevelt durante a Segunda Guerra Mundial – ele e Wisnton Churchill afundavam-se nas cadeiras Chippendale para mapear o andamento da guerra. Hoje, esta sala é usada para recepções privadas do presidente. Aliás, foi daqui que em 1988, o presindente Bill Clinton participou, via videoconferência, dos julgamentos referentes ao seu caso com Mônica Lewinsky.
Salão Leste
Seus 960 metros quadaros, fazem desta a maior sala da Casa Branca. Sua lareira de mármore marrom servia para aquecer o jantar das tropas durante a Guerra Civil. Aqui também foi velado o corpo do presidente Abraham Lincoln. Aberta para o público desde a época do presidente populista Andew Jackson, em 1829, aqui foram celebrados casamentos e cerimônias históricas. Além de candelabros da virada do século retrasado, é nesta sala que fica o quadro mais valioso da mostra ao público – o portrait de George Washington, assinado por Gilbert Stuat em 1797, resgatado pela primeira-dama Dolley Madison (esposa de James Madison) em meio ao incêndio na Casa Branca, provocado pelos britânicos no dia 24 de agosto de 1814.
Salão Verde
Com paredes revestidas em seda, aqui era a sala-de-jantar de Thomas Jefferson e aposento predileto de John F. Kennedy. Esta tamém era a sala onde James Madison recebia convidados. Portraits decoram o ambiente, juntamente com castiçais que foram de Dolley Madison (1768-1849) e um conjunto de louças verdes. Hoje, esta sala é usada para recepções.
Salão Azul
É aqui que se ornamenta a famosa árvore da Natla da Casa Branca. A sala é oval ornamentada com mobília francesa trazida pelo presidente Monroe depois do incêndio de 1814. Aqui aconteceu o casamento de Grover Cleveland, de 1866, o único casamento de um presidente realizado na Casa Branca. Nesta sala também acontecem eventos sociais.
Salão Vermelho
Este é o menor de todos. Decorado em estilo Imperial no começo do século 19, aqui a primeira-dama Dolley Madison organizava recepções todas as quartas-feiras para as celebridades da época. Não precisava de convite. Sabe-se também que Mary Todd Lincoln organizou pelo menos uma sessão espírita nesta sala para contactar seus filhos mortos. E mais – foi sentado no carpete desta sala que o presidente Ulysses Grant e seu general repensaram a Gurra Civil, usando saleiros e louças como tropas.
Sala de Banquetes
Similar ao East Room por causa do tamanho e estilo, aqui acontecem grandes banquetes para convidados de honra. A sala acomoda 140 pessoas para jantar. Theodore Roosevelt chegou a colocar seus troféus nesta sala. Mas a peça mais famosa é um móvel com uma frase inscrita, retirada de uma carta de John Adams a sua esposa que diz: “Que apenas homens honestos e sábios comandem sob este teto”. Continuemos de dedos cruzados.
[ copyright © 2004 by Tania Menai ]
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