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Um tour pelo Hotel Mandarin
02.junho.2005

Tania Menai, de Nova York

Diz-se que Nova York é a cidade que nunca dorme – ainda assim, há quem desembolse 12,600 dólares para encostar a cabeça no travesseiro. Mas não é qualquer travesseiro. Este é o preço de uma diária na suíte presidencial do Mandarin Oriental, hotel inaugurado em fevereiro de 2004 na região da Columbus Circle, em Manhattan. Frequentado por CEOs e empresários de diversas indústrias, o hotel ocupa 20 andares de um das duas torres do Time Warner Center, um complexo que abriga os restaurantes mais caros da cidade, além de lojas, estúdios da CNN, palcos do Jazz at Lincoln Center, uma academia e o maior supermercado de Manhattan.

O hotel faz parte do Mandarin Oriental Hotel Group, sediado em Hong Kong, e que opera hoje 26 hotéis e resorts de luxo no mundo, além dos cinco que estão por vir. No total, o grupo é responsável por 8 mil quartos em 14 países – 12 na Ásia, nove nas Américas e cinco na Europa - em 2004, a empresa contabilizava 1.2 bilhão de dólares em ativos de suas propriedades.

Abençoado pela vista do Central Park, o lobby da filial nova-iorquina fica no 35º andar. Lá, não-hóspedes também podem usufruir de um lounge, de um bar e do Asiate, restaurante também usado para reuniões de trabalho. Além da vista, uma das paredes do Asiate foi feita de vidro, expondo garrafas de vinho do teto ao chão.

Com pisos de mármore e granito, a decoração do hotel é escura e sóbria. Toques orientais - como imensos quimonos japoneses emoldurados na parede – mesclam-se com quadros de artistas nova-iorquinos. “Uma das tradições do Mandarin é fundir a cultura oriental, com a cultura local”, explica Tiana Kartadinata, nascida na Indonésia e uma das porta-vozes do hotel. “Em cada quarto foram investidos 27 mil dólares em tecnologia”, diz ela, enquanto mostra algumas das 251 suítes, que abrigam 750 visitantes. Por tecnologia entenda-se televisões de plasma (incluindo nos banheiros), DVDs, Internet e aparelhos de som com sistema sorround compatíveis com iPod. E, claro, um especialista 24 horas de plantão para quando qualquer uma destas parafernalhas falhar. Nos armários, cinco lanternas aguardam o próximo black-out na cidade.

Na categoria Premier Central Park View, cuja diária é 2.400 dólares, há uma ante-sala com aparelhagem suficiente para uma apresentação de trabalho com sofás que comportam cerca de oito pessoas. Com cuidado, pode-se reparar também nas portas no meio dos corredores feitas para dividí-los em dois ambientes. Desta forma, equipes de trabalho – seja uma banda, grupo empresarial ou até mesmo famílias – podem reservar quartos vizinhos e ter privacidade do resto do andar.

Os preços das diárias no Mandarin nova-iorquino variam de 625 dólares – um quarto comum, com vista para o Rio Hudson – até a suíte presindencial. Esta, no 53ºandar, inclui TVs de plasma de 62 e 42 polegadas, antiguidades como um livro de caligrafia chinesa de 250 anos e um piano de cauda. Além de uma piscina aquecida, o hotel oferece um salão para festas de gala e casamentos e um Spa capaz de fazer com que os hóspedes esqueçam que estão em Nova York. Considerado o melhor Spa urbano, ali usufrue-se de terapia cromática, onde chuveiros reproduzem as diferentes intensidades e temperaturas da chuva, um louge com lareira, camas de massagem aquecidas, uma cama de ar para massagens debaixo d’água e sete quartos para tratamentos particulares.

Recentemente, o hotel passou a oferecer aos hóspedes livros recomendados por especialistas. Os livros são brindes da casa e vêm acompanhados com um óculos para leitura feito à mão na França, que pode ser adquirido por 150 dólares na hora do check-out. O Mandarin ainda presenteia a clientela com 50 dólares em envio dos livros – e outros objetos - pelo correio, para quem não quiser carregá-los na bagagem. Não que visitantes desta classe tenham que carregar alguma coisa. Apenas o cartão de crédito.

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Mandarin Oriental - 80 Columbus Circle, na rua 60.
Reservas – 1. 212. 207-8880


[ copyright © 2004 by Tania Menai ]

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