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O Eldorado brilha menos
16.janeiro.2002

A recessão e o maior controle da imigração ilegal tornam mais difícil a vida dos brasileiros nos Estados Unidos

Eduardo Salgado, de Miami

O mineiro Urbano Santos, presidente da Brazilian American Association, entidade que congrega brasileiros residentes no nordeste dos Estados Unidos, tem um conselho para quem pensa em tentar a vida por lá: "Não é um bom momento para emigrar para os Estados Unidos". A hora é errada porque a economia americana está em recessão e o desemprego atingiu em dezembro seu ponto máximo desde 1995. Como se não bastasse, as autoridades, que antes dos atentados terroristas faziam vista grossa aos imigrantes ilegais, agora tratam os estrangeiros com desconfiança e estão criando regras para dificultar a vida deles. Essa é uma inversão radical de cenário. Nos anos 90, quando a economia crescia ao ritmo de 4% ao ano, o desemprego era desprezível e a nova economia produzia milionários às bateladas, estrangeiros com disposição para trabalhar eram bem-vindos e podiam sonhar com sua fatia no eldorado. Praticamente triplicou o número de brasileiros nos Estados Unidos, empolgados com a possibilidade de ganhar em dólares. Esse número é estimado hoje em 800 000. A maioria só dispõe de visto de turista, que não permite trabalhar, e ganha a vida em tarefas braçais, como a construção civil e a faxina. Devido à semiclandestinidade, não existem dados precisos sobre o desemprego e a queda de renda na comunidade brasileira. Basta dar, contudo, um passeio pela cidade de Framingham, Massachusetts, onde mora Urbano Santos, para perceber que os brasileiros vivem tempos difíceis.

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No coração de Wall Street

Operador numa das maiores empresas de investimentos de Nova York, o paulista Caio Gilberti viveu emoções fortes nos últimos meses. A maior delas foi no dia dos atentados terroristas. "Meu escritório era em frente do World Trade Center e vi dezenas de pessoas pulando do prédio em chamas", conta. Nas semanas seguintes, ele assistiu de perto à crise recessiva que eliminou 14.000 empregos em Wall Street. Seu emprego não chegou a ficar ameaçado, mas ele temeu pelo valor do bônus anual, que em sua profissão é mais importante que o salário mensal. No fim, diz, a bonificação foi bem razoável. Há seis anos no Estados Unidos, com mestrado na Universidade Harvard e um bom trabalho, Caio é um imigrante em condições de usufruir o glamour cosmopolita de Nova York, mas tem planos de retornar ao Brasil.

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Moram cerca de 17.000 brasileiros em Framingham, cidade-dormitório a 30 quilômetros de Boston. Na Concord Street, principal rua do centro, sete de cada dez lojas pertencem a brasileiros e muitas são especializadas em produtos e serviços para os imigrantes, como alimentos, CDs e remessas de dinheiro para o Brasil. Estima-se que o volume de compras feitas por brasileiros tenha caído 30% desde setembro. "Mudou também a forma de pagamento", diz a mineira Betania da Mota, dona, com o marido, João, da distribuidora Rainbow Trading, uma pequena rede de supermercados. "O prazo para pagar foi ampliado de dez para trinta dias e ainda assim aumentou o número de cheques sem fundo." Perto dali, na esquina da Concord com a Frederick Street, funciona o escritório de uma agência de contratação de mão-de-obra temporária. Os trabalhos disponíveis são de jardineiro, servente de pedreiro, carregador de móveis ou, eventualmente, um lugar na linha de montagem da fábrica local de CDs. São empregos que pagam em média 7 dólares por hora, remuneração miserável para os padrões americanos. A sala de espera, que sempre recebeu um grande número de brasileiros, vive agora lotada. Muitos não estão desempregados, mas precisam complementar a renda. Mineiro de Governador Valadares, Eduardo da Silva está há catorze anos nos Estados Unidos e tem a documentação em ordem. Ele trabalha à tarde no balcão de frios de um supermercado, ganha apenas 400 dólares por semana e precisa do segundo emprego para equilibrar o orçamento.

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Desconfiança no aeroporto

Helio Castroneves, o corredor da Fórmula Mundial escolhido como o piloto mais sexy de 2001 pela revista People, teve um ano inesquecível. Ganhou três corridas no campeonato e também as 500 Milhas de Indianápolis. A fama não o livrou de problemas para entrar nos Estados Unidos, em novembro. Quando o funcionário americano viu o passaporte brasileiro, quis saber por que Helio não tinha passagem de volta para o Brasil. O piloto, que mora em Miami, ganhou melhor tratamento depois que o funcionário o reconheceu como o Homem Aranha. "Ah, você é o cara que sobe nos alambrados depois das corridas."

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Os Estados da Flórida, Massachusetts e Nova York concentram oito em cada dez brasileiros. A recessão e os maus fluidos decorrentes dos atentados terroristas são sentidos igualmente por todos. Os mais afetados são aqueles trabalhadores na base da pirâmide social, cujo emprego depende da prosperidade alheia. Um dos primeiros cortes no orçamento de uma família de classe média americana atingida pela recessão é a brasileira da faxina, que em Nova York cobra de 50 a 100 dólares por dia. O desemprego entre os americanos está criando a disputa por ocupações mal remuneradas ou desagradáveis, que até bem pouco tempo atrás só estrangeiros aceitavam. Há dificuldades inesperadas também entre aqueles bem qualificados profissionalmente e que sempre foram disputados por Wall Street, o coração financeiro de Nova York. Brasileiros que fazem mestrado em ciências econômicas em universidades de prestígio – o famoso MBA – costumavam escolher entre várias ofertas de trabalho. Um ano em Wall Street era sinônimo de experiência e de oportunidade para pagar as despesas do curso. Abalada pelo estouro da bolha da nova economia, Wall Street foi depois devastada pelos terroristas que puseram abaixo seu símbolo mais fulgurante, as torres gêmeas do World Trade Center. Em 2001 evaporaram-se 14.000 empregos no mercado financeiro de Nova York, que vive sua pior crise desde 1991.

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O engraxate do World Trade Center

Eldir Rodrigues, o Didi, há dezessete anos nos Estados Unidos, chegava diariamente às 8 horas da manhã a um dos prédios do complexo World Trade Center e passava o dia engraxando os sapatos dos funcionários da Nomura, uma megaempresa de investimentos. Cobrava 4 dólares pelo serviço, o que representava uma renda mensal de 2 400 dólares. Depois do atentado, a empresa reabriu num lugar distante e Didi demora duas horas para ir ao trabalho. Sua renda mensal caiu pela metade. Empresas americanas de grande porte costumam ter seus próprios engraxates, ainda que sem carteira assinada. Apesar de não ser funcionário, Didi pôde provar que trabalhava para a Nomura e teve direito à ajuda financeira de 5 000 dólares oferecida às vítimas do atentado terrorista que destruiu o World Trade Center. Havia uma engraxataria no 1º andar do prédio, a Minas Shoe Shine, que foi inteiramente destruída. Os mais de vinte brasileiros que trabalhavam lá escaparam sem um arranhão. "Vi pelo menos duas dúzias de engraxates voltarem para o Brasil logo após o ataque, mas eles estavam havia pouco tempo aqui e ainda não tinham vínculos com a cidade", diz Didi. "A vida aqui não é fácil, mas não saio de Nova York por nada."

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Em julho, dois meses antes dos atentados, o carioca Marcelo Mediano, que cursa MBA na Universidade de Rochester, fez estágio com outros 24 estudantes na Goldman Sachs, um dos principais bancos de investimentos do mundo. A expectativa então era que pelo menos 80% deles fossem contratados por uma grande empresa americana para trabalhar depois do final do curso, em maio deste ano. Até o momento nenhum deles está empregado. "Conseguir uma entrevista de recrutamento já é uma vitória", diz Mediano. Estima-se que 100.000 pessoas tenham perdido o emprego em Nova York em decorrência direta dos atentados. A comunidade brasileira foi especialmente atingida porque muitos dependem do turismo, o setor mais abalado pelo terrorismo. Foram quase 300.000 demissões nos últimos cinco meses em todos os Estados Unidos só no ramo turístico. No comércio, o número chegou a 77.000.

Os 51 bilhões de dólares gastos pelos 72 milhões de turistas que anualmente visitam a Flórida respondem por 20% do produto interno bruto (PIB) do Estado. A alta estação começa no fim de outubro, com a migração para o sul dos aposentados ricos que fogem do inverno do Canadá e dos Estados mais frios dos EUA, e vai até maio, quando começa o retorno. No fim de setembro costumam chegar os carros, que eles mandam de caminhão, e se põe em marcha um exército de jardineiros, faxineiras, pintores e pedreiros brasileiros. Seu objetivo é prestar serviços nas casas de veraneio. Na atual temporada, os turistas e aposentados chegaram à Flórida em menor número, mais tarde que o habitual e estão indo embora mais cedo. "O mercado de decoração encolheu pela metade nesta temporada", lamenta a decoradora Maria Eudóxia Mellão, uma paulistana que emigrou em 1992 e tem uma loja em Coral Springs, área nobre próxima a Miami. A taxa de ocupação nos hotéis às vésperas do Natal era 15% menor que a do mesmo período de 2000. O movimento nos aeroportos da Flórida caiu 20% em relação ao do ano anterior, número similar ao da queda de freqüência nos restaurantes.

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Mesas vazias em Miami

Marina Medeiros, que abandonou a advocacia em São Paulo e hoje é dona do restaurante Baraboo, em Miami Beach, está desapontada com a temporada turística na Flórida. Lugar badalado, o Baraboo está servindo 240 clientes por noite, em vez dos 360 previstos para esta época. "O número de turistas e de velhinhos do Canadá e do norte dos Estados Unidos que passam o inverno na Flórida diminuiu", diz Marina. O movimento nos restaurantes de Miami está 15% abaixo do normal e a quantidade de turistas chegando aos aeroportos é 20% menor que a esperada.

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Os turistas sumiram por causa da recessão, do medo de terrorismo aéreo e, mais concretamente, por terem perdido dinheiro no mercado financeiro. "Muitos dos meus clientes perderam milhões nas bolsas de valores", conta Juca Oliveira, mineiro que vive há catorze anos nos Estados Unidos e é dono do Tutto Pasta, restaurante badalado de Miami onde os pilotos brasileiros da Fórmula Mundial, antiga Fórmula Indy, costumam comer. Todas essas notícias negativas não foram suficientes para causar um êxodo de brasileiros de volta à terra natal. Mas está afugentando novos imigrantes. O carioca Amarilho Chacon, padre numa paróquia em Astoria, bairro nova-iorquino onde vivem 5.000 brasileiros, diz que vê pouca gente nova por lá. "Na missa de domingo, na hora do Pai-Nosso, costumamos chamar os recém-chegados", conta Chacon, que está nos Estados Unidos desde 1991. "Tínhamos uma média de dez por domingo. Hoje, raramente passa de quatro." O Centro Bom Samaritano, de Framingham, que dá assistência aos imigrantes recém-chegados, fez 200 novas fichas em julho. Em dezembro, foram apenas duas dezenas.

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Na fila do emprego temporário

O mineiro Patrick de Souza Campos (o primeiro à direita, numa agência de empregos em Framingham, perto de Boston) rodou o mundo antes de chegar aos Estados Unidos. Andou por Portugal, Holanda e México, de onde foi deportado no primeiro dia. O avião fez conexão na Bolívia e Patrick aproveitou para voltar ao México e entrar ilegalmente nos Estados Unidos. Tudo isso para chegar à seguinte conclusão: "Não aconselho o pessoal a vir do Brasil para cá". Em dezembro, a taxa de desemprego americana atingiu seu nível mais alto desde 1995.

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No inverno, quando o frio torna impossível o trabalho ao ar livre em boa parte dos Estados Unidos, muitos brasileiros que trabalham na construção civil e com paisagismo voltam para o Brasil, retornando em abril. Neste ano há sinais de que muitos talvez prefiram não voltar. João de Mattos, dono da BACC, agência de viagens em Nova York, notou que no fim do ano passado vendeu 700 passagens só de ida para o Brasil, contra 500 no ano anterior. Isso pode ser conseqüência da perda de postos de trabalho em Newark, um tradicional bastião das colônias portuguesa e brasileira perto de Nova York. Um dos maiores empregadores da cidade, a companhia aérea Continental, demitiu 3.000 funcionários depois dos atentados, muitos deles brasileiros. Uma coisa é certa: após os ataques terroristas, ficou mais complicado viver em situação irregular nos Estados Unidos. O controle tornou-se mais rígido nas fronteiras. Uma companhia aérea brasileira estava habituada à média de um passageiro barrado no aeroporto a cada duas semanas. Depois de 11 de setembro, é raro um dia em que não ocorra um caso. Qualquer contradição ou documento duvidoso é motivo para ser barrado. "As garras do serviço imigratório estão mais afiadas", diz o embaixador Lucio Amorim, cônsul do Brasil na Flórida. Antes dos atentados terroristas, quem conseguiu entrar nos Estados Unidos podia levar uma vida quase normal. Era possível tirar facilmente uma carteira de motorista, que lá é o principal documento de identificação, e com ela alugar um apartamento e abrir crediário. É comum que o imigrante ilegal falsifique um número de previdência social e o use na hora de obter um emprego. Exceto em caso de crime grave, a probabilidade de deportação é remota. Como os americanos podem ter um controle rígido se a cada ano meio bilhão de pessoas entram e saem do país? Estima-se que vivam nos Estados Unidos cerca de 12 milhões de imigrantes ilegais, e a comunidade brasileira não apenas é pequena como também elogiada como uma das mais pacatas.

Ainda que continue perfeitamente possível trabalhar sem autorização nos Estados Unidos, a vida dos estrangeiros passou a ser mais difícil depois dos ataques terroristas. Não se trata do aumento da desconfiança ou da hostilidade da população em geral, mas de questões práticas, que dizem respeito ao dia-a-dia do imigrante. A carteira de motorista na Flórida, por exemplo, começa agora a ser fornecida apenas pelo prazo de validade do visto impresso no passaporte. Significa que, em lugar de dispor de um documento com validade por seis anos, o imigrante terá um que expira em seis meses. Os órgãos do governo americano também começaram a checar informações uns com os outros. O resultado é que ficou mais difícil viver com um número falso da previdência social. "Estamos checando duas vezes cada documento para evitar erros", diz Jamie Dunbar, do departamento que concede carteiras de motorista em Boston.

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Investimentos e anthrax

A goiana Mônica Freiburghouse chegou aos Estados Unidos na década de 70. Casou-se com um milionário, de quem se separou nos anos 80. Vem perdendo dinheiro na bolsa desde 2000 e a situação piorou depois dos atentados. Entre setembro e dezembro, sua carteira de investimentos encolheu 27%. "Tive um prejuízo de algumas centenas de milhares de dólares", diz Mônica. Como foi detectado anthrax em Boca Raton, a 20 quilômetros de sua casa, ela usa luvas para recolher a correspondência.

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Mesmo aqueles que querem legalizar-se e já deram início ao processo para a obtenção do green card, o visto de residência, também estão sofrendo por causa dos atentados. Uma parte importante de alguns processos de legalização é provar que não existe grande oferta de mão-de-obra americana na área em que o imigrante ilegal trabalha. Por isso, o Departamento do Trabalho exige que se publique um anúncio no jornal oferecendo a vaga ocupada pelo imigrante. Com a recessão, cresce o número de americanos que respondem aos anúncios que até alguns meses atrás eram desprezados. "Antes, como havia fartura de oferta, o brasileiro não tinha problemas", diz o paulista Fernando Castro, dono de uma empresa de contabilidade que cuida de processos de legalização de imigrantes em Boston. "Hoje aparecem vários candidatos americanos." É sintomático que nos últimos meses tenha dobrado a emissão de passaportes nos consulados brasileiros de Boston, Miami e Nova York. Gente bem assentada no exterior, que não tinha mais o documento verde-amarelo, decidiu providenciar um. Pais de filhos nascidos nos Estados Unidos resolveram legalizar a situação da prole. Mais do que uma medida de quem está em debandada, a solicitação do passaporte é uma garantia. Se a situação piorar por lá, eles têm para onde correr, o Brasil. Como se diz nos Estados Unidos: "Não existe outro lugar tão bom quanto a própria casa."

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De Valadares para Valadares

O microempresário Fábio Magalhães, 39 anos, tem um irmão bem de vida nos Estados Unidos e tinha um sonho: juntar dólares para terminar o hotel-fazenda que começou a montar em Governador Valadares, em Minas Gerais. No início de julho, Fábio resolveu tentar a sorte nos Estados Unidos, atraído pelo sucesso do irmão, um empresário do ramo de limpeza em Las Vegas. Mas encontrou algumas pedras pelo caminho. A primeira foi o idioma. Apesar de freqüentar um curso intensivo, não conseguia dominar o inglês. Depois, quando já estava se adaptando à vida de faxineiro, os terroristas puseram abaixo o World Trade Center. "Notei que os americanos começaram a olhar para mim com desconfiança", diz Fábio. "Se algo de errado acontecesse no condomínio chique em que morava com meu irmão, acho que eu seria apontado como culpado." As oportunidades na região também começaram a minguar, com os cassinos demitindo em massa. Por fim, decidiu voltar ao Brasil. Em vez de retornar com os bolsos cheios de dólares, Fábio chegou a Valadares com uma dívida de 10 000 dólares e foi obrigado a colocar à venda a área onde estava sendo construído o hotel-fazenda, no qual ele e o irmão já haviam investido 90 000 dólares.

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Com reportagem de Tania Menai, de Nova York, Miryam Wiley, de Framingham, e José Edward, de Governador Valadares


[ copyright © 2004 by Tania Menai ]

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